* Mt Nydia do Rego Monteiro
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Estudos da Universidade de
Montreal (ZILBOVICIUS, 2004), revelam que nos autistas as mesmas regiões
cerebrais são ativadas, tanto para vozes humanas e outros sons. Há um atraso
médio de 11 milissegundos no processamento do som e da linguagem no cérebro desta clientela. (ROBERTS, 2010) Vários
estudos também já comprovaram que a conexão entre os neurônios desta clientela
pode vir acompanhada de ruído ou barulho, como a estática de um rádio. A
Musicoterapia como trabalha científicamente com
elementos sonoros só vem a somar no tratamento com esta clientela,
conseguindo excelentes resultados. Inclusive devendo estar presente, o mais
precocemente em um tratamento especializado com estas crianças que precisam ter
sua adequação da escuta, processamento
sonoro do meio em que vivem para melhorar a interação e comunicação.
“Sons ou estímulos visuais que são tolerados por
crianças normais pode causar confusão, dor e medo em algumas crianças
autistas... se o seu filho coloca frequentemente as mãos sobre os ouvidos, este
é um indicador de sensibilidade ao ruído. O problema está no cérebro.” ( Dra Temple Grandim- Autista Norte americana
conhecida mundialmente )Ainda segundo a Dra Grandin, " Sons não previsíveis, como de alarmes , causam
medo e doem os ouvidos. Crianças com menor sensibilidade, às vezes aprendem a
tolerar os sons dolorosos quando são treinadas e antecipam o som. Se puderem
ser diminuídos os volumes, suavizados, melhor.” Segundo GOMES,PEDROSO e WAGNER (2008)
não se conhece a causa da hipersensibilidade auditiva que é a mais comum
da anormalidade sensório-perceptual do autista com uma prevalência que varia de
15 a 100%, de acordo com os autores citados acima (& BERNARDES, 2007). Em
relação a hipersensibilidade auditiva, utilizando o limiar de desconforto, 63%
dos autistas não suportam estímulos acima de 80 dB. Há uma relação direta com o
sistema límbico, podendo haver diminuição da hipersensibilidade com a idade ou
não. A musicoterapia , com seu profissional qualificado e uma avaliação e testificação
bem específica, pode colaborar com esta dessensibilização no atendimento
especializado e intervenção cada vez mais precocemente. Conseguindo assim
trazer mais qualidade de vida a esta clientela e também facilitar a entrada de outros
profissionais a um tratamento multidisciplinar bem sucedido e inclusão social.
Entre outros objetivos como ainda a melhora do (a): comportamento, interação,
comunicação, desenvolvimento neuropsicológico, entre outros.
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Musicoterapeuta – atende também a esta clientela desde 1998 encaminhados
por neuropediatras.
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