domingo, 15 de novembro de 2009

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

3º ENCONTRO PIAUIENSE DE MUSICOTERAPIA

DIA 22 DE NOVEMBRO DE 2009 (DIA DA MÚSICA) -Local:Sala madre Escobar-Rua Dr. Raimundo da Paz s/n-Bairro dos Noivos-Teresina-PI Horário-9h às 12 h/ 15h às 18 h Práticas em musicoterapia Palestras diversificadas / Relato de experiências Exposição material Clientela: profissionais das áreas de: saúde, educação e outros interessados.
Investimento:R$10,00-estudante R$20,00-profissionais Maiores informações:tel-(86)8812-2428/8808-7228- Inscrições- amt.piaui@gmail.com www.associacaodemusicoterapiadopiaui.blogspot.com
Apoio: Fundação CCEPLAR
FICHA DE INSCRIÇÃO (enviar para o e-mail) Nome- Endereço completo- Data de nascimento- E-mail- Tels- Profissional-( ) Sim Área- Estudante- ( ) Sim Curso- Período- Faculdade- Participação em eventos da área de musicoterapia-( )Sim ( )Não Quais? Interesse em aprofundar conhecimentos em pós-graduação.( )Sim ( )Não Caso afirmativo gostaria de ser contactado caso haja o 2º curso de especialização na UFPI? ( ) sim ( ) Não *para cursar é obrigatório estar no ultimo período do curso de graduação ou já ser graduado na área de música ou outras áreas . Ter conhecimento musical e dominar pelo menos um instrumento musical harmônico.haverá prova específica de conhecimentos musicais.

sábado, 17 de outubro de 2009

O CÉREBRO DO MÚSICO COMO REFERENCIAL NAS PRÁTICAS MUSICOTERÁPICAS DO SÉCULO XXI Baseado em pesquisas atuais sobre o cérebro do músico e os efeitos da música em outros cérebros este estudo busca referências sólidas na aplicação da musicoterapia neste século. O objetivo é trazer novas possibilidades e referenciais científicos para o profissional musicoterapeuta envolvido com pacientes neurológicos e outros em equipe multidisciplinar. Auxiliando também na comunicação entre membros de uma equipe científica com diversas formações, mas que compartilham objetivos terapêuticos a serem atingidos com os mesmos pacientes em tratamento. Assim estes estudos tem por base pesquisas neurocientíficas de: Altenmuller (2001), Bigand (2000), Levitin (2007), Sacks (2007), Peretz e Zatorre (2003) e a aplicação adaptada dos mesmos no fazer musicoterápico do século XXI. Palavras-Chave: Musicoterapia, cérebro do músico, pacientes neurológicos.
Especialista em Musicoterapia –CBM-RJ-1998.Co-autora projeto de Especialização em Musica-Musicoterapia-UFPI-2005.Musicoterapeuta do CEIR-Centro Integrado de Reabilitação Física de Teresina-PI.Presidente AMT-PI-Associação de Musicoterapia do Piauí. E-mail-nydiadoregomonteiro@yahoo.com.br
INTRODUÇÃO O interesse sobre cérebro e música encontra-se em crescimento, pois nunca se pesquisou tanto sobre tal assunto no mundo como na atualidade. Neste trabalho focamos mais os pioneiros desta área, tais como: Eckhart O. Altenmuller (Instituto de Fisiologia da música e da medicina da Arte–Hannover, Alemanha), Emmanuel Bigand (Instituto de Pesquisa e Coordenação acústica/Música-Dijon-Paris), Isabelle Peretz(Laboratório de Neuropsicologia da Música da Universidade de Montreal- Canadá), Robert Zatorre (Universidade McGill-Montreal-Canadá), Schlaug (Universidade de Harvard), Daniel Levitin (diretor laboratório pesquisa MacGill) e o Oliver Sacks. ( neurologista com trabalho de pesquisa com musicoterapeuta) Desta forma, os musicoterapeutas, únicos profissionais que utilizam a música com objetivos terapêuticos, não devem ignorar estas pesquisas. Ao contrário, devem ser utilizadas como aliada para nortear suas ações e fortalecer a credibilidade entre os profissionais da área de saúde. O objetivo proposto por este artigo é trazer novas possibilidades e referenciais científicos para o profissional musicoterapeuta envolvido com pacientes neurológicos e outros em equipe multidisciplinar podendo também auxiliar na comunicação entre membros de uma equipe científica com diversas formações.
1-ATUAÇÃO DA MÚSICA NO CÉREBRO Quadro 1: O cérebro e principais centros de processamento musical CÉREBRO PROCESSAMENTO MUSICAL Córtex préfrontal Criação de expectativas; violação e satisfação das expectativas.Planejamento do tocar, cantar. Córtex prémotor Movimento, bater o pé, dançar e tocar um instrumento. Córtex sensorial Reação tátil a tocar um instrumento . Córtex auditivo As primeiras etapas da audição de sons, a percepção e a análise de tons. Córtex visual Leitura de música, observação dos movimentos de um executante. (incluindo os do próprio) Corpo caloso Liga os hemisférios esquerdo e direito. Núcleo accumbens Reações emocionais à música Amígdala Reações emocionais à música Hipocampo Memória para a música, experiências e contextos musicais. Gânglios Basais Órgão de sucessão-geração modelação do ritmo, do andamento e métrica.(Wich, Levitin e Sacks ) Cerebelo Movimentos, como o bater do pé, dançar, e tocar um instrumento. Também envolvido nas reações emocionais à música. Fonte: adaptado de Levitin, 2007.p.276-277.
2- DETALHES RELEVANTES DAS PESQUISAS PARA A MUSICOTERAPIA O cérebro, segundo Herculano-Houzel (2008) representa apenas 2% da massa corporal, consome 20% da energia necessária. A redução de 1% desta energia é suficiente para provocar desmaio ou mal estar. Ou seja, ele é essencial para a ação do ser humano. O Cérebro do músico, segundo Sacks (2007) é o único que pode ser reconhecido sem dificuldades por anatomistas, justamente pelos inúmeros estudos já realizados e comprovados. O mesmo autor ressalta a coordenação de muitas estruturas cerebrais (córtex-motor, núcleo do tálamo, gânglios basais, cerebelo) para haver a atuação do músico. “O músico em sua plenitude é um milagre operacional, mas um milagre com vulnerabilidades singulares e às vezes imprevisíveis”(Marsden apud.Sacks, 2007, p.260). Os estudos cerebrais de músicos acometidos de doenças e com seqüelas também tem sido úteis para desvendar mais os mistérios do cérebro. Os músicos tendem a ter a parte frontal do corpo caloso maior (Schlaug apud Levitin, 2007) e o cerebelo também maior. Aliado a isso há também uma concentração maior de massa cinzenta (contem os corpos celulares, dentritos e axônios e é responsável pelo processamento das informações) nas áreas motoras, auditivas, visuoespaciais do córtex, como no cerebelo (Schlaug apud Sacks,2007). Sluming (Hopen, 2009) com sua equipe da Universidade de Liverpool comprovou maior densidade de substância cinzenta na área de Broca (fala) em músicos de orquestra. Para os músicos esta área também faz a mediação de aptidões visuais e o seqüenciamento de ações motoras rápidas. Descobriu-se também em pianistas profissionais que certas regiões da substância branca são mais desenvolvidas. e conectam partes do córtex cerebral vitais para a coordenação motora dos dedos e áreas cognitivas operadas durante a produção musical (Úllen apud Field, 2008). Bigand (Vieillard,2009) e Peretz(2009) tem investigado simultâneamente e com parcerias internacionais em diversos laboratórios, chegando as conclusões de que são dois os parâmetros musicais relacionados na expressão emocional: andamento e modo. Andamento rápido e modo maior contribuem para expressão de alegria. Andamento lento e modo menor, equivalência emocional negativa. Um modo menor e uma dinâmica estimulante evocam um sentimento de raiva ou de medo (Bigand apud Vieillard,2008). Parâmetros combinados e divergentes, os ouvintes utilizam o andamento para julgar por ser mais simples de processar. Crianças identificam bem cedo os índices emocionais na estrutura musical. Para Peretz (Vieillard,2008) a música não evoca emoções apenas de acordo com a história pessoal de cada um (ISO), mas que ela de fato as provoca. Fritz et all, neste ano apresentaram resultados sobre reconhecimento emocional de três emoções e utilizaram população africana isolada culturalmente, provando exatamente esta percepção universal das emoções relacionadas a estes parâmetros. (em parceria com Peretz).
Complementando estas informações que podem ser utilizadas para reforçar nossos princípios e aplicações musicoterápicas temos: A importância do envolvimento emocional com as músicas por potencializar os efeitos tem sido provada em inúmeras pesquisas. Levitin (2007) ao trazer alguns resultados das pesquisas realizadas na MacGill ressalta que o cerebelo é mais ativado quando as pessoas ouvem músicas familiares. Schmahmann (Levitin,2007) de Harvard, reuniu provas suficientes de que o cerebelo também está envolvido na emoção. Levitin em outra pesquisa realizada com Perry (2007) mostra os resultados quando os pesquisados cantaram suas músicas preferidas: todos cantaram nas alturas sonoras exatas ou próximas das originais, como também nos andamentos. O que reforça também a memória potencializada pela emoção. Quanto à percepção musical e os hemisférios já se comprova: A percepção musical é hierárquica. Segundo Altenmuller (2009) o lado esquerdo do cérebro parece processar elementos básicos como intervalos e ritmos. O direito reconhece características gerais como a métrica e o contorno melódico. Zatorre comprova a mesma afirmação em suas pesquisas (Levitin,2007) com pacientes com lesão temporal direita. Peretz descobriu que o hemisfério direito do cérebro contem um processador do desenho musical que efetivamente traça o contorno de uma melodia e analisa-o reconhecendo posteriormente e o mais importante, está dissociado dos circuitos do ritmo e da métrica do cérebro (Levitin, 2007). Sacks (2007) afirma que em geral as deficiências na percepção da melodia estão associadas a lesões no hemisfério direito. A disseminação do ritmo é muito mais complexa e envolve o hemisfério esquerdo, sistemas subcorticais dos gânglios basais, cerebelo e outras áreas é também destacado por Sacks.
Parte do artigo apresentado no Simpósio Brasileiro de Musicoterapia em Curitiba-PR. Caso você tenha interesse em lê-lo integralmente é só solititá-lo através do meu e-mail

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

terça-feira, 15 de setembro de 2009

ORQUESTRA DO CÉREBRO -revista época negócios on line

Orquestra do cérebro faz música com a força da mente No projeto, músicos usam uma espécie de capacete com eletrodos capazes de fazer a leitura das descargas elétricas do cérebro e emitir sons Por Época NEGÓCIOS Online Orquestra do cérebro: com a força do pensamento, músicos criam os sonsNada de violinos, violoncelos, flautas, tubas ou vibrafones. A Multimodal Brain Orchestra faz música a partir da força da mente, usando descargas elétricas dadas pelo cérebro. Um maestro "emocional" rege a apresentação a partir de suas emoções e batimentos cardíacosCriação de pesquisadores da Universidade Pompeu Fabra, de Barcelona, na Orquestra do Cérebro os músicos usam uma espécie de capacete com eletrodos capazes de fazer a leitura das descargas elétricas do cérebro. Os músicos têm funções diferentes. Cada um assiste a um tipo diferente de imagem, que estimula pontos diferentes do cérebro. Alguns ficam olhando para uma tela com linhas e colunas que apresentam diversas letras piscantes. Eles são orientados a olhar para uma determinada letra. Quando eles conseguem encontrar uma dessas letras, o cérebro emite um sinal conhecido como P300, que aciona um instrumento ou um som já gravado. Outros músicos visualizam uma caixa com luzes piscando em várias freqüências. Cada tipo de freqüência provoca um estímulo diferente na retina, que por sua vez gera uma descarga elétrica e aciona outros tipos de sons. Para reger a orquestra existem dois maestros, um tradicional e um outro "emocional", que vai assistindo a imagens e modificando o andamento das músicas a partir de suas emoções e seus batimentos cardíacos. A orquestra fez a sua primeira apresentação no congresso Science Beyond Fiction, na República Checa. O resultado final não é o que se pode chamar de melhor música do mundo, mas é uma prova do que o cérebro pode fazer mesmo sem as mãos. Veja você mesmo assistindo ao vídeo. Além do maestro emocional, a orquestra do cérebro tem também o maestro tradicional VÍDEO:Multimodal Brain Orchestra - Documentary

domingo, 13 de setembro de 2009

15 DE SETEMBRO-DIA DO MUSICOTERAPEUTA

NO PIAUÍ VAMOS COMEMORAR COM MUITO TRABALHO, DIVULGAÇÃO E UM JANTAR DE CONFRATERNIZAÇÃO. QUEM QUISER NOSSA PRESENÇA EM PALESTRAS, CURSOS, PROJETOS E ATENDIMENTOS É SÓ CONTACTAR. (86)8812-2428

MEUS TRABALHOS APRESENTADOS NO SIMPÓSIO BRASILEIRO

FUI MUITO BEM RECEBIDA DURANTE O SIMPÓSIO E PUDE COMPARTILHAR MEUS TRABALHOS . -APLICAÇÕES DA MUSICOTERAPIA EM REABILITAÇÃO FÍSICA NA ATUALIDADE -O CÉREBRO DO MÚSICO COMO REFERENCIAL NAS PRÁTICAS MUSICOTERÁPICAS DO SÉC.XXI E O VÍDEO: AMPLIANDO FRONTEIRAS: MUSICOTERAPIA NO PIAUÍ ESTÃO A DISPOSIÇÃO DE QUEM SE INTERESSAR.

SIMPÓSIO BRASILEIRO DE MUSICOTERAPIA EM CURITIBA - PARANÁ

UM DOS PONTOS ALTOS DO SIMPÓSIO BRASILEIRO DE MUSICOTERAPIA QUE ACONTECEU DOS DIAS 4 A 8 DE SETEMBRO EM CURITIBA- PR FOI O CURSO E PALESTRA REALIZADA PELO ARGENTINO (PRESIDENTE ASSOCIAÇÃO DA ARGENTINA) MUSICOTERAPEUTA GABRIEL FEDERICO. TIVE O PRIVILÉGIO DE PARTICIPAR DOS DOIS.APRENDI MUITO!! CURSO: "AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA E MUSICOTERAPIA APLICADA EM BEBÊS E CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN , PARALISIA CEREBRAL EOS DIFERENTES TRANSTORNOS NEUROLÓGICOS" PALESTRA: MUSICOTERAPIA PRÉ-NATAL FANTÁSTICO!!! VISITE O SITE DELE: www.gabrielfederico.com

terça-feira, 25 de agosto de 2009

PREMEDITANDO O BREQUE (editado cérebro nosso de cada dia)

http://www.cerebronosso.bio.br/descobertas/2009/8/21/premeditando-o-breque.htmlMais do que apenas para acompanhar músicas, a percepção de ritmos regulares é importante também para atividades de interação social como dançar, produzir música em conjunto e até mesmo perceber, durante uma conversa, o momento certo de falar. Mas seria esta uma habilidade inata ou aprendida quando somos, por exemplo, embalados ao som de música por nossos pais? É o que um estudo de István Winkler e colaboradores, da Hungarian Academy of Sciences, procurou responder. Os pesquisadores observaram que o cérebro de crianças recém-nascidas responde a violações da batida em uma sequência rítmica quando a primeira batida de um ciclo é omitida. Isso indica que, ao ouvir uma música, os bebês já são capazes de identificar o intervalo entre as batidas e o padrão que elas obedecem, criando expectativas quanto ao início de um novo compasso. Embora pareça surpreendente o cérebro de um bebê já ser capaz de detectar a falta de uma batida em uma sequência musical, essa capacidade não é, no entanto, uma habilidade específica inata para a música - e sim o resultado de uma habilidade genérica do cérebro: a capacidade de identificar padrões. Pelo jeito, eis algo que já nascemos sabendo! (LSBP, 22/8/2009) Fonte: Winkler I., Haden G. P., Ladinig O., Sziller I. e Honing H. Newborn infants detect the beat in music. Proc Natl Acad Sci U S A, vol. 106(7), p. 2468-71, 2009.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

SINESTESIA e MÚSICA

Neste domingo, dia 26/7/9, no programa Fantástico da rede globo foi exibida uma matéria sobre uma moça com reações sinestésicas ao ouvir sons e música. Ela tem per- cepção alterada: olfativa e visual (cores). Dr. Oliver Sacks (neurologista -USA) já descreveu alguns de seus pacientes com algumas características sinestésicas em seus artigos publicados e em seu livro "Alucinações Musicais"-edição brasileira. Por ser bastante interessante, transcrevo em parte um artigo publicado em 2007 na revista "Mente e Cérebro"- edição 168 - Janeiro 2007 OUVINDO CORES Definida como contaminação dos sentidos, a sinestesia não é doença, mas um fenômeno sensorial quase sempre acompanhado de memória e criatividade excepcionais. A sinestesia é um fenômeno de contaminação dos sentidos em que um único estímulo - visual, auditivo, olfativo ou tátil - pode desencadear a percepção de dois eventos sensoriais diferentes e simultâneos Quando escrevo uma equação na lousa vejo os números e as letras de cor diferente. E me pergunto: que diabos meus alunos vêem?" A frase é do americano Richard Feynman, Nobel de Física em 1965. Ele faz parte de um grupo de pessoas para quem o número dois pode ser amarelo, a palavra carro tem gosto de geléia de morango e a nota fá evoca a imagem de um círculo, por exemplo. Essas são algumas das experiências sensoriais que povoam o cotidiano das pessoas com sinestesia. São sensações difíceis de imaginar, mas tremendamente reais para quem as vive, tanto que os sinestésicos pensam que todas as pessoas têm as mesmas percepções. Eles raramente sabem que são dotados de uma característica particular, mas não tardam muito a descobrir sua memória prodigiosa e seu extraordinário potencial criativo. Estima-se que o fenômeno atinja uma em cada 300 pessoas. A sinestesia é um fenômeno de contaminação dos sentidos em que um único estímulo - visual, auditivo, olfativo ou tátil - pode desencadear a percepção de dois eventos sensoriais diferentes e simultâneos. Há pessoas, por exemplo, que toda vez que sentem um odor (real), escutam certo som (imaginário). Outros enxergam em cor uma letra do alfabeto escrita com tinta preta. Não se trata de um transtorno temporário na maioria dos casos, ainda que haja algumas raríssimas exceções; por isso um dos principais critérios para o diagnóstico da sinestesia é sua estabilidade ao longo do tempo. Geralmente a associação entre estímulo e percepção ocorre apenas em um sentido: quem vê a cor vermelha (imaginária) toda vez que ouve nota dó (real) não escuta a mesma nota (imaginária) quando vê qualquer coisa vermelha (real). Totalmente involuntária, a sinestesia não pode ser controlada, nem induzida na ausência do estímulo específico. E é justamente a incapacidade de controlá-la que a distingue das chamadas sinestesias cognitivas, que se caracterizam por associações de idéias (objetos, conceitos, cores, sons) e dependem, na maioria das vezes, de experiências artísticas individuais e de condicionamentos culturais. Alguns exemplos de sinestesia cognitiva são pensar num campo florido enquanto se ouve As quatro estações de Vivaldi, ou desfrutar antecipadamente o sabor de uma maravilhosa torta que se vê na vitrine; em ambos os casos a pessoa sabe que não está no campo florido e que é preciso comprar a torta. Já a experiência sensorial induzida pela verdadeira sinestesia é percebida concretamente, como se fosse real. SINTOMA POSITIVO Segundo o psicólogo Jamie Ward, da Universidade de Londres, a sinestesia não é doença. "O que a distingue da maioria dos transtornos psiquiátricos ou neurológicos é o fato de os sinestésicos serem dotados de um sintoma positivo, isto é, de uma característica ausente na população geral. Os distúrbios geralmente se caracterizam pela ausência ou pelo comprometimento de uma função, como a afasia e a amnésia", diz. Portanto, os sinestésicos são pessoas absolutamente normais, que não manifestam problemas cognitivos ou outras disfunções. Alguns estudos conduzidos pelo médico Richard Cytowic, pioneiro na pesquisa da sinestesia, indicam que a memória e a criatividade dos sinestésicos são superiores às da média da população. Por outro lado, o senso de orientação não é tão bom assim. A maioria dos sinestésicos é canhota e um percentual significativo confunde direita e esquerda. Seu ponto forte são as faculdades mnemônicas, particularmente a memória declarativa: os sinestéticos se lembram de muitos números de telefone, datas, senhas, fatos e eventos. Também é comum que se recordem com perfeita precisão de longos diálogos de filmes, trechos de livros e instruções verbais. O que não se sabe ainda, entretanto, é se essa capacidade excepcional se deve à sinestesia propriamente dita ou a algum fenômeno correlato. O primeiro sinestésico registrado na literatura médica foi uma criança de 3 anos e meio em 1922. Até hoje não se sabe ao certo em que idade o fenômeno se manifesta, muito menos se as percepções cruzadas na infância são as mesmas na idade adulta. Nenhum sinestésico se lembra do momento exato em que começou a ver a letra A sempre pintada de vermelho ou a nota dó exalar um perfume de rosas. Segundo o professor de psicologia da Universidade de Trieste Walter Gerbino, durante o período de desenvolvimento da aprendizagem perceptiva os elementos do sistema sensorial se associam, de modo estável e regular, a estímulos específicos. CONTINUAÇÃO Massimo Barberi é jornalista científico.

domingo, 12 de julho de 2009

MÚSICA PARA TRATAR PACIENTES COM ESCLEROSE MÚLTIPLA

Falar da própria vida escolhendo músicas para expor sentimentos e vivências pode ser um recurso terapêutico que auxilia na reconstrução da identidade e ajuda a melhorar a qualidade de vida de portadores de doenças crônico-degenerativas. Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) usaram a técnica em oito pacientes com esclerose múltipla, distúrbio neurológico progressivo que afeta adultos jovens e compromete principalmente os movimentos. Os resultados foram publicados nos Arquivos de Neuro-Psiquiatria. Depois de escolher entre dez e 15 músicas, os pacientes participaram de uma entrevista aberta na qual explicaram suas experiências pessoais com cada uma. A análise dos conteúdos mostrou que prevaleceram relatos associados à consciência emocional e corporal e primeiros relacionamentos. Segundo os autores, a técnica da “autobiografia musical” permitiu que eles expressassem afetos, frustrações e desejos, reorganizando-os no contexto da doença e elaborando o senso de continuidade da vida. Pela primeira vez aplicado a pacientes com esclerose, o recurso terapêutico deve ser considerado como mais uma estratégia no tratamento multidisciplinar do distúrbio, recomendam os autores. NOTÍCIA REVISTA MENTE CÈREBRO-9/07/2009 http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/musica_para_tratar_pacientes_com_esclerose_multipla.html

quinta-feira, 9 de julho de 2009

segunda-feira, 6 de julho de 2009

MUSICOTERAPIA ANTECIPA ALTA EM HOSPITAL

Musicoterapia melhora o humor e antecipa alta em hospital, sugere estudo (por Flávia Mantovani - Editora-assistente do Equilíbrio) A musicoterapia não só melhora o humor de pacientes hospitalizados como pode até antecipar a alta médica. É o que sugere um levantamento feito por uma equipe da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas), que desenvolveu um projeto nos hospitais Paulistano e TotalCor, em São Paulo, e Bezerra de Menezes, em São Bernardo co Campo (SP). Dos cem pacientes ouvidos, 90% tiveram melhora do estado emocional, medida por questionários no início e no fim da sessão. Em 72% dos casos, houve antecipação da alta médica, avaliada por psicólogos e médicos. Para Maristela Smith, coordenadora do curso de musicoterapia da FMU, a melhora no humor não acontece só no momento em que a equipe atua. "A música provoca efeitos bioquímicos. Atua em neurotransmissores como a serotonina e enriquece os circuitos neurais, o que intensifica o prazer. Os benefícios deixam resíduo." No projeto, são usado flauta doce, violão, baixo e vários instrumentos de percussão. Em uma entrevista, monta-se a história sonora do paciente, que inclui seus ritmos preferidos. No quarto, os musicoterapeutas tocam, por cerca de 20 minutos, canções conhecidas e com mensagens de otimismo, e também compõem músicas para cada paciente. Os estilos mais pedidos foram MPB (37%), clássico (18%) e sertanejo (15%). Roberto Carlos foi o preferido. A maioria dos pacientes tinha mais de 50 anos. Para Alze Tavares, coordenador médico do Hospital Paulistano, pacientes de qualquer idade são beneficiados. "A música reduz a insônia, tem impacto nas freqüências cardíacas e respiratórias e até na pressão O humor melhora e o relacionamento com os profissionais de saúde, também." No segundo semestre, a FMU pretende expandir o projeto para pacientes de outros hospitais. ANDREIA BAGI encaminhado por-- Catia Guimarães jornalista

segunda-feira, 29 de junho de 2009

OS SONS QUE VIRAM TERAPIA-Matéria Jornal Meio Norte-19/06/09-caderno Theresina-p.1 a p3.

Os sons que viram terapia Saúde/A Musicoterapia é hoje comprovadamente bem usada contra vários males, tanto do corpo, como da mente Simone Rodrigues e Flávio Moura Editoria Theresina Um conjunto de sons, palavras e melodias. Essa é a denominação simplificada para a palavra ‘música’. Hoje, esse conceito se expande. O som não é mais apenas arte. Entre suas utilidades, é usada como terapia. Animando, aliviando dores e aumentando a auto-estima, ela se transformou em musicoterapia, comprovada por vários estudos recentes como um verdadeiro remédio contra vários males. Males do corpo e da alma. Segundo pesquisas, há evidências de que a música é conhecida e praticada desde a pré-história. Cientistas acreditam que a observação dos sons da natureza tenha despertado no homem, através do sentido auditivo, a necessidade ou vontade de uma atividade que se baseasse na organização de sons. Ou seja, o homem sentia a vontade de organizar os sons ouvidos na natureza e, à medida que ia fazendo isso, percebia que os sons entravam em harmonia e davam uma sensação de prazer, ao ouvi-los ou ao juntá-los. No entanto, embora nenhum critério científico permita estabelecer seu desenvolvimento de forma precisa, a história da música confunde-se com a própria história do desenvolvimento da inteligência e da cultura humana. E agora, ou pelo menos, nos últimos 10 anos, uma outra utilidade vem sendo agregada à música: em tratamentos na área da saúde, por exemplo. A Musicoterapia é a utilização da música e/ou de seus elementos – som, ritmo, melodia e harmonia – por um musicoterapeuta qualificado, com graduação ou pós-graduação. Esse profissional utiliza a terapia à base da música com um determinado cliente ou grupo, em um processo para facilitar e promover a comunicação, a relação, a aprendizagem, a mobilização, a expressão, a organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, no sentido de alcançar necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas. Em outras palavras, a Musicoterapia objetiva desenvolver potenciais e/ou restabelecer funções do indivíduo, para que ele possa alcançar uma melhor integração intra e/ou interpessoal e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida, pela prevenção, reabilitação ou tratamento. É exatamente isso que acontece no Centro Integrado de Reabilitação – CEIR, que atende pacientes com algum tipo de deficiência no Estado. Leia mais na B/3 Qualquer estilo pode ser ‘bom’ Cont. da capa/Não importa o estilo. Desde forró à música clássica, qualquer ritmo pode ser usado para ajudar pessoas com a música. Quem vai definir isso é a afinidade musical que cada um tem Simone Rodrigues e Flávio Moura Editoria Theresina Nydia contou ainda que não existe um padrão a ser seguido pela Musicoterapia, mas que tudo vai depender do paciente. Segundo ela, não se pode afirmar que o forró ou a música clássica, por exemplo, são melhores estilos musicais ou dão melhores resultados na terapia. “Não existe um receituário na Musicoterapia. O profissional, por exemplo, não pode ter um estilo musical preferido. Todos os gostos devem ser trabalhados pelo profissional”, disse. O andamento da Musicoterapia se desenvolve de acordo com vários métodos. Alguns são receptivos, ou seja, quando o musicoterapeuta toca uma determinada música ou emite um som para o paciente. Nesse tipo de sessão, os pacientes são aqueles com grandes dificuldades motoras ou, em apenas uma parte do tratamento, com objetivos específicos. No entanto, na maior parte dos casos, a Musicoterapia é ativa: quando o próprio paciente exerce alguma função, toca algum instrumento, canta, realiza outras atividades, tudo, é claro, acompanhado pelo profissional. Em todos os métodos, a Musicoterapia faz com que o paciente consiga desenvolver alguma função física ou psicológica, a qual ele estava impossibilitado de fazer, por causa de alguma doença, por exemplo. Cérebro de quem gosta de música é diferenciado Inúmeros estudos já mostraram que o cérebro dos músicos, ou daqueles que se envolvem diretamente com a música, é diferente. O cérebro dessas pessoas possui uma representação sensorial aumentada nos dedos, além de mais fibras, ligando os dois hemisférios, bem como maior capacidade de discriminação de sons. A auto-estima, como não poderia deixar de ser, também é normalmente aumentada, além de sensação de bem-estar e de saúde. De acordo com a maioria dos músicos, aquilo que se ouve é tão importante quanto aquilo que se come, por exemplo. Cardiologistas recomendam que seus pacientes evitem gorduras e comam carnes brancas, verduras, legumes, fibras e frutas. Da mesma forma, os músicos e as pessoas que se envolvem com música aconselham: é preciso dar importância para o que entra pelos ouvidos. A música mexe com a emoção, o que foi comprovado cientificamente. Quando se ouve uma marcha militar, por exemplo, as pessoas têm vontade de sair

domingo, 24 de maio de 2009

SAÚDE AFINADA

Saúde afinada Hospitais e pesquisadores usam música para acelerar recuperação de pacientes cardíacos JULLIANE SILVEIRA DA REPORTAGEM LOCAL FOLHA DE SÃO PAULO ************************************************************************************* A pianista Beth Ripoli, 57, tocava uma música quando viu seu marido se aproximar. A composição era romântica, ambos choraram, o público se emocionou com a cena. Ele, o empresário Luiz Carlos Franco, 56, andava com dificuldade e arrastava o frasco de soro -estava internado havia alguns dias, recuperando-se de um infarto e da implantação de quatro pontes de safena. Ela tinha resolvido tocar o piano do hospital enquanto acompanhava o marido no pós-operatório. "Eu precisava andar e vi que ela estava tocando, e a música me chamou a atenção. Imagina ter seu tronco aberto, pararem seu coração para operá-lo e depois ele voltar a bater. Fica-se em um estado muito sensível, alguns pacientes entram em depressão. E a música exercita sua sensibilidade do lado positivo", avalia Luiz. Desde então, Beth apresenta recitais no HCor (Hospital do Coração), em São Paulo, para pacientes e acompanhantes, como parte de um projeto que considera a música um dos componentes que ajudam na recuperação de pacientes com problemas cardiovasculares, principalmente em questões emocionais. Silvia Cury Ismael, responsável pelo serviço de psicologia do HCor, observa em seus pacientes que ouvir música durante uma internação ajuda a resgatar questões esquecidas do lado de fora do hospital, o que faz com que se sintam mais motivados a se recuperar. O ambiente, afirma Ismael, se torna mais leve e menos depressivo. Para a ciência, no entanto, a música vai além: os benefícios não são somente emocionais mas também se refletem na redução da pressão arterial e da frequência respiratória e na normalização das taxas de batimentos cardíacos. É o que mostram alguns estudos, como a revisão científica divulgada no mês passado pela Cochrane Collaboration (rede global dedicada a revisão e análise de pesquisas na área da saúde). Foram avaliados 23 estudos com dados de 1.461 pacientes que se submeteram a sessões de música durante a internação após cirurgia ou infarto. A maioria dos trabalhos comprovou que a música ajudou a reduzir pressão sanguínea, ritmo cardíaco, frequência respiratória, ansiedade e dor nos pacientes estudados. Os trabalhos avaliaram a ação de diversas músicas -boa parte com harmonias consonantes e ritmos constantes (como algumas músicas eruditas, baladas e músicas próprias para relaxamento)- em sessões de musicoterapia ou audições de até 30 minutos. "Os estudos não apontaram por quais mecanismos a música ajuda o sistema cardiovascular. No entanto, sabemos que a música diminui a atividade de regiões cerebrais que afetam as respostas emocionais e psicológicas. Isso reduz a liberação de hormônios estressores que podem afetar a frequência cardíaca e a pressão arterial", disse à Folha Joke Bradt, responsável pela revisão científica e diretor-assistente do Centro de Pesquisa em Artes e Qualidade de Vida da Temple University (EUA). Experiências brasileiras Dados preliminares de um estudo que será publicado nos "Arquivos Brasileiros de Cardiologia" também são promissores. A musicoterapeuta Cláudia Regina de Oliveira Zanini, professora da Universidade Federal de Goiás, avaliou o uso da técnica em pacientes hipertensos para sua tese de doutorado. Zanini observou 46 pacientes da liga de hipertensão da universidade durante três meses. Metade deles participou de sessões de audição musical, composição e improvisação vocal, além de exercícios de respiração e relaxamento voltados para a música durante 30 minutos por semana. Ao final do período, a pressão arterial desse grupo havia caído de 150 mmHg por 90 mmHg para 133 mmHg por 80 mmHg. Já o grupo controle não apresentou redução significativa. "O tratamento da hipertensão é de longo prazo, e muitos pacientes não aderem a ele. Entre os que têm pressão alta, somente 50% sabem disso e só 10% têm sucesso porque seguem o tratamento. Eu proponho a musicoterapia como um tratamento não medicamentoso, que seja um coadjuvante", afirma Zanini. Para a cardiologista pediátrica Thamine Hatem, do Real Hospital Português de Beneficência, em Recife, o uso da música ajuda na recuperação mais rápida dos pacientes, pois as reações provocadas no organismo pela música podem diminuir o uso de sedativos e remédios para a dor. "Quanto menor o uso de analgésicos e de sedativos, melhor. Quanto menos tempo a criança passa na UTI, menor é o risco de infecção", diz. Hatem publicou, em 2006, uma pesquisa que avaliou como reagiram 84 crianças de até 14 anos nas primeiras 24 horas após uma cirurgia cardíaca, depois de uma sessão de música erudita. "Dava para ver que, se a criança estava angustiada e chorosa, acalmava-se ao colocar o fone de ouvido; muitas crianças dormiam durante o processo." As crianças ouviram "A Primavera", de Vivaldi, por meia hora e tiveram melhora no ritmo de batimentos cardíacos, na frequência respiratória e na sensação de dor. "Uma frequência cardíaca muito alta aumenta a pressão e o risco de sangramento. Já a frequência respiratória elevada significa desconforto ou problema pulmonar -se é controlada, mostra que era causada mais por um desconforto", explica. A aposentada Eunice da Silva Ferreira, 52, também sentiu os benefícios do uso da música após a cirurgia para colocar duas pontes mamárias no INC (Instituto Nacional de Cardiologia), no Rio de Janeiro. Foram instaladas caixas de som ao lado dos leitos, que transmitem música erudita, sons da natureza e canções próprias para relaxamento durante todo o dia, das 8h às 22h. "O ambiente hospitalar é frio, há pessoas sedadas. Eu tenho uma doença sem cura, e a música me ajudava a me desligar um pouco da realidade. O uso da música deu tão certo que nós pedíamos aos funcionários que colocassem sempre", diz Eunice, que acompanhou a implantação das caixas de som na UTI do instituto. De acordo com o INC, um ano após a instalação de caixas de som na UTI, houve uma redução de 40% no consumo de tranquilizantes e sedativos. Os pacientes podem até pedir aos funcionários que desliguem o som, mas, dizem os médicos, ninguém nunca o fez. "A UTI tem muito barulho, luz acessa, aparelhos. O paciente está ansioso com o que vai acontecer e isso gera um estresse grande. As diretrizes [orientações das sociedades médicas] indicam ansiolíticos aos pacientes; muitos não conseguem dormir à noite, a ansiedade aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial", diz o cardiologista Marco Antonio de Mattos, diretor do INC. Escolhas musicais Na maioria dos estudos, as músicas utilizadas têm ritmos constantes, harmonias consonantes e são mais calmas, características que ajudam o paciente a relaxar. "Não é qualquer música clássica que produz relaxamento. É preciso pensar em músicas mais calmas, com menor número de batimentos por minutos e que sejam bem harmônicas e agradáveis", aconselha o neurocientista Felipe Viegas Rodrigues, pesquisador do Laboratório de Neurociência e Comportamento da USP. No entanto, fatores culturais e o gosto pessoal também devem ser levados em consideração na hora de utilizar a música como componente na recuperação do paciente. "É preciso curtir a música, usufruir dela e de seus efeitos benéficos", sugere o neurologista Mauro Muszkat, coordenador do In Music, grupo multidisciplinar da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) que estuda a ação da música no organismo. Não é possível, no entanto, determinar por quanto tempo o paciente deve ouvir música e quais seriam os tipos mais indicados. Muszkat resume: "Não dá para dizer o tempo adequado para cada indivíduo. De maneira didática, ouvir mais músicas, com graus diferentes de complexidade, um repertório variado, facilita ao organismo processar esses sons de formas mais variadas e mais amplas, inclusive com benefícios no sistema cardiovascular."